POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL PÓS-GOLPE

Os dias que vivemos após o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff, em 2016, detêm o gosto adstringente de um caqui verde. Com muita esperança, se deseja que esta obra coletiva catalise ações para sair a semear propostas para pensar o que vamos fazer para recuperar o que foi e está sendo demolido pelo golpismo. Mas, muitas das sementes a semear foram modificadas e se fizeram delas sementes estéreis em uma segunda geração, assim como agem gananciosamente as grandes sementeiras apátridas. Os sinos dobrando a finados que faz este “Políticas Educacionais no Brasil Pós-Golpe” tornar-se um livro muito mais que uma narrativa de um passado frutuoso muito próximo é funéreo. Mas há que laborar com utopias. Esta obra pode e deve catalisar experiências buscando, por exemplo, a emancipação de alunos do ensino médio mesmo que esses fazeres se constituam até em atos de desobediências arrojadas. O livro se constitui, também, em excelente antídoto a uma praga que insiste em proliferar: a Escola Sem Partido.

Attico Chassot (posfácio)