Comunicação e Democracia: 50 Anos do Golpe Militar
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2014. Cinquenta anos do Golpe militar no Brasil. Mais precisamente do golpe civil-militar, que se viabilizou com o apoio de alguns setores da sociedade civil, como o empresarial, as instituições religiosas e, especialmente, o da comunicação e seus veículos. Uma convergência de interesses que levou o país a mergulhar em um período de trevas. Mas foi também na imprensa e nas Igrejas que se gestou a resistência à ditadura.
Quem tem a vivência daqueles dias certamente guardou na memória e nos olhos, como cantava Ivan Lins nos anos 1970, as cenas trágicas explícitas e as escondidas nos porões da repressão, além da encenação pseudotriunfante do ufanismo forjado na alienação das massas.
O fim dessa história o mundo conhece. Mas 50 anos depois daquele dia (31 de março de 1964) é preciso reacender a memória, reviver cenas e encenações para refletir, desvendar e desvelar, com estranhamento e indignação, momentos importantes da história recente do Brasil. É preciso narrar sobre a resistência no cotidiano, a resistência política, social e cultural no país.
No que se refere à mídia é importante destacar o papel estratégico da Comunicação no processo democrático. O exercício comunicacional como bem comum garante o partilhar, o exercício da alteridade, a diversidade de vozes, a construção de um mundo melhor. Mas há também os que usam a comunicação para cooptar aliados e se apropriar de corações e mentes, transformando a mídia em aparelho ideológico do Estado. Dessa forma, negam o direito à comunicação como instrumento de emancipação política e social, que leva à autoconsciência.